A realidade de Sua humanidade
Texto: “E o Verbo Se fez carne e habitou entre nós” (João 1:14)
Segunda – Então surgiu o conflito
Texto: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora. 2 Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; 3 e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo.” (I Jo. 4:1-3)
A natureza divino-humana de Cristo sempre foi motivo de grande controvérsia. No primeiro século surgem duas ênfases contraditórias:
1) A humanidade de Cristo anula Sua divindade
2) A divindade de Cristo anula Sua humanidade
Entre os grupos que entraram nessa polêmica destacam-se:
1) Ebionitas – Jesus Se tornou Filho de Deus, mas não divino, quando foi batizado. Não podia salvar a humanidade.
2) Arianos – Negam a divindade de Cristo
3) Gnósticos – O corpo humano, sendo mal, não pode servir como veículo para a revelação do Ser supremo.
Este conflito ideo-teológico se estendeu por séculos e em nossos dias ainda prevalecem alguns grupos com idéias semelhantes.
Ao discutirmos esse assunto e tentarmos compreendê-lo, entramos num terreno complexo por ser um “fato” que ainda transcende à nossa compreensão. Não sabemos explicar, em sua magnitude, muitas “leis” da física. Por não sabermos explicá-los os consideramos “leis” que, por sua vez, possibilitam-nos entender “fenômenos”. Ora, se não entendemos as coisas criadas, como entender o Criador?
Fico meditando na declaração paulina: “...um corpo me formaste...” (Heb. 10:5). Imagine Deus formando um corpo para Cristo no ventre de Maria, tecendo cada músculo, moldando cada um de seus órgãos, fazendo as conexões nervosas e circulando o sangue que carrega consigo a vida de Seu Filho Amado, Jesus Cristo, o Criador e Salvador do mundo. Explicar isso podemos até tentar, mas esta maravilha é para ser aceita pela fé.
“Quando Jesus tomou a natureza humana e se tornou semelhante ao homem, possuía todo o organismo humano. Suas necessidades eram as necessidades de um homem.” (SDABC, v. 5, p. 1130). “O Ato de Jesus Cristo em assumir a natureza humana, foi um ato de amor. “Por quatro mil anos estivera a raça a decrescer em forças físicas, vigor mental e valor moral; e Cristo tomou sobre si as fraquezas da humanidade degenerada, mas nosso Salvador revestiu-se da humanidade com todas as contingências da mesma...” (DTN. p. 82)
“Cristo não fingiu assumir a natureza humana. Ele de fato a tomou sobre Si.” (I. ME, p. 247). (Heb. 2:14; 3:3). “Mais ao mesmo tempo que a palavra de Deus fala da humanidade de Cristo fala ela positivamente de Sua divindade e pré-existência.” (I. ME., p. 247). “Cristo era Deus essencialmente e no mais alto sentido.” (I ME. p. 247). “Assumindo a humanidade, Cristo tomou a parte de todo o ser humano... ser divino e humano. Com Seu longo braço humano, podia enlaçar a humanidade, enquanto com o Seu braço divino podia alcançar o trono do Infinito.” (I ME. p. 252).
Pr. Adriel Barreto Sales