Texto: “Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor.” Mat. 9:36
Sábado - Introdução
Depois de estudarmos a sabedoria dos ensinamentos de Cristo no chamado “Sermão do Monte” passaremos a estudar Sua maravilhosa obra.
A Bíblia concentra-se em relatar os três anos e meio do ministério de Cristo. Durante este período, verificamos um sentimento comum em cada um de Seus feitos – a compaixão. Desde o momento em que terminou o “Sermão do Monte”, movido de íntima compaixão para com todos os que a Ele chegava, passou e pregar, de forma prática, o “Evangelho do Reino”. O Reio de Deus chegara e uma nova era iniciara.
Domingo e Segunda – Quem é este?
Texto: “E maravilharam-se os homens, dizendo: Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?” Mat. 8:27
Durante o sermão do monte, Jesus estivera pregando acerca das atitudes humanas diante das dificuldades que a vida as impõe – humildade, mansidão, justiça, misericórdia, relacionamento e confiança em Deus, etc. Os ouvintes estavam maravilhados com Seus ensinos e alguns acreditaram verdadeiramente nEle.
Após terminar seu sermão Jesus imediatamente pôs-se a praticar Seus ensinos atendendo cada alma aflita que ali estava. Seu primeiro desafio foi curar um leproso.
A lepra, hoje conhecida como hanseníase, é uma doença terrível, degenerante dos nervos e tecidos levando o doente à morte. Na época de Cristo não havia cura para ela. O enfermo era afastado de sua família, da sociedade e de todos que amava aguardando apenas o seu fim. Devido à suas características funestas, se tornou símbolo do pecado e o leproso símbolo daquele que se encontra escravizado nele. Assim como o leproso não podia permanecer com sua família, o pecador não pode permanecer na presença de Deus, pois “suas iniqüidades fazem separação em vós e vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que não vos ouça.” (Isa. 59:2)
Curar aquele leproso era uma pregação silenciosa que de a enfermidade do pecado seria curada e todo pecador poderia ser reintegrado à sua família, tal qual aquele leproso.
Cada situação vivenciada por Jesus revelava quem Ele era, Seu poder e o que viera fazer. Sua obras revelavam que nEle havia poder dos céus, pois eram impossíveis de um charlatão as realizar. Cristo não realizar seus milagres e curas apenas para atrair a atenção das pessoas sobre Si, mas, acima de tudo, para conduzi-las ao Pai – “ninguém vem ao Pai senão por Mim.” (João 14:6)
Na tabela abaixo, note a reação das pessoas diante de cada milagre de Jesus:
Terça – O motivo por trás disso
Texto: “Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor.” (Mat. 9:36)
Vivemos num mundo em que o interesse próprio esta acima até mesmo da vida de outros. Pessoas roubam, matam e fazem qualquer outra coisa para se beneficiarem. Querem tirar proveito de tudo e de todos. Há aqueles que, até mesmo, semelhantemente à época de Cristo, exploram a religião e a fé sincera das pessoas para se enriquecerem. A motivação que esta por trás que cada ato é a ganância, a cobiça e o desejo de poder.
Entretanto, em Cristo houve outra motivação. Por trás de cada ato, seja de bênção ou de advertência, existia amor. Atrás de cada milagre havia compaixão, que, de acordo com a etimologia da palavra, refere-se a um sentimento de penalização por alguma coisa ou alguém, interno, profundo, inexplicável, capaz de gerar sofrimento e pranto – como no caso da cura de Lázaro (Jesus chorou! – João 11:35)
Paulo, conhecedor deste sentimento de Cristo declarou: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus.” (Fil. 2:5) – Esta deve ser a nossa motivação.
Quarta e quinta – Sinal de um novo dia e da restauração final
Texto: “Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho.” (Mat. 11:4-5)
Durante séculos aqueles que acreditaram em Deus aguardaram a vinda dAquele que mudaria para sempre o curso da história da humanidade – o Messias. Vivendo sob o pecado aguardaram sua libertação; sob a sentença de morte, aguardavam o autor da vida.
Em resposta à inquietação de João Batista sobre Sua messianidade, Jesus apresenta que nEle estavam se cumprindo todas profecias de Isaias acerca do Messias.
Note algumas profecias de Isaias acerca do Messias:
1. (26:19) Ressurreição de mortos
2. (29:18-19) Surdos ouvirão
3. Cegos verão
4. Exaltação da mansidão
5. Trabalho em favor do pobres
6. (35:5,6) Coxos saltarão
7. Mudos cantarão
8. Pregação e cura aos quebrantados de coração
9. Proclamar libertação aos cativos
10. Por em liberdade os algemados
11. Apregoar o ano aceitável do Senhor
12. Apregoar o juízo final
13. Consolar os que choram
14. Por em liberdade os enlutados
Em Seu ministério Cristo devolveu a audição a surdos, visão a cegos, voz a mudos e tantos outros milagres. Pregou veementemente sobre a mansidão, o trabalho em favor dos pobres e desafortunados. Libertou os cativos e pôs em liberdade os algemados; consolou os que choram e restaurou a alegria nos enlutados.
O testemunho de Seus atos não apenas apontavam a veridicidade de que era o Messias, mas indicava o início de uma nova era. Seu poder sobre a morte não apenas mostrava sua divindade, mas era sinal da restauração final desta terra.
“Durante Seu ministério, Jesus ressuscitara mortos. Fizera reviver o filho da viúva de Naim, a filha de Jairo e Lázaro. Estes não foram revestidos de imortalidade. Ressurgidos, estavam ainda sujeitos à morte. Aqueles, porém, que ressurgiram por ocasião da ressurreição de Cristo, saíram para a vida eterna. Formavam a multidão de cativos que ascendeu com Ele, como troféus de Sua vitória sobre a morte e o sepulcro. ...
Esses foram à cidade e apareceram a muitos, declarando: "Cristo ressurgiu dos mortos e nós ressurgimos com Ele." Alguns se aterrorizaram com a cena. Apresentavam eles a mais inegável evidência não só de sua própria ressurreição, mas da ressurreição do crucificado Redentor. Após a Sua ressurreição, Cristo não apareceu a ninguém exceto a Seus seguidores, mas não faltou testemunho a respeito de Sua ressurreição. Veio de várias fontes, [inclusive] dos quinhentos que se reuniram na Galiléia para ver seu ressurreto Senhor. Esse testemunho não podia ser reprimido. Foram imortalizados os sagrados fatos da ressurreição de Cristo.
Aqueles que haviam ressurgido foram apresentados ao universo celestial como troféus - amostras da ressurreição de todos os que recebem a Jesus Cristo e nEle crêem como seu Salvador pessoal. Eram o símbolo da ressurreição final dos justos. O mesmo poder que ergueu a Cristo dentre os mortos erguerá Sua igreja - como Sua noiva - e a glorificará, com Cristo, acima de todos os principados, acima de todas as potestades, acima de todo nome, não só neste mundo, mas nas cortes celestes, o mundo lá do alto. ...
Cristo foi as primícias dos que dormem. Essa mesma cena, a ressurreição de Cristo dentre os mortos, era observada simbolicamente pelos judeus em uma de suas festas sagradas, chamada a festa dos judeus. Compareciam ao templo quando as primícias haviam sido colhidas e celebravam uma festa de ações de graça. As primícias da colheita eram consagradas ao Senhor. ...
Ao ascender Cristo durante o ato de abençoar Seus discípulos, um exército de anjos O rodeia como uma nuvem. Cristo leva consigo a multidão dos cativos como Seu troféu. Ele mesmo levará ao Pai as primícias dos que dormem, para apresentá-los a Deus como garantia de que é vencedor sobre a morte e a sepultura.” (Manuscrito 115, 1897).
Pr. Adriel Barreto Sales
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